Posso falar tanto, tanto demais. Posso calar-me, num silêncio constante. Posso até sentir, viver num sentimento doloroso de querer e não ter, de lutar e perder, de persistir e cair.
Tento acreditar, pensar que é possível esquecer-te, não te ver assim que os meus olhos se abrem, não sorrir quando uma mensagem tua aparece no meu telemóvel. Mas por muito que tente, volto a tropeçar e caio na tentação de te amar sempre.
Sei que não quero e que não posso. Sei que não queres e que, se pudesses, escolherias uma outra. Diz-me, explica-me porquê. Dá-me uma solução para te apagar disto. Da minha história recomeçada. Tens noção do que sinto, do que sonho e do que não digo e fica por dizer. Sabes perfeitamente que ainda não te disse as palavras completas. Sabes que intimido o que sinto e que, raramente, te digo. Mas sei que não me engano quando te revelo uma parte de mim.
Era impensável admitir que te amo. Ninguém compreenderia porque ninguém sentia o que ambos dizíamos estar a acontecer. Ninguém percebia porque gostávamos tanto um do outro como dizíamos gostar. Porque ninguém sabia.
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