domingo, julho 04, 2010

Um dia ainda hei-de ser capaz de me agarrar às asas de uma águia,
e voar com ela.
Levarei comigo um pedaço de noite na confusão da minha mala.

Sinto-me cansada,
nauseada,
fragilizada e farta
desta azáfama que acompanha a realidade dos dias, sempre repetitivos,
exaustivamente vazios.O que fizemos da nossa própria humanização?
Porque nos escondemos em tanta contradição?
Que realidade é esta? O desassossego que me acompanha, dia após dia, tem o mesmo sabor da atrocidade que se comete a cada momento em que fingimos, que nada vemos...
Preciso sentir-me actuante, percebes?
Preciso de sair…
respirar…
Reflectir longe.Se me agarrar a essa águia ficarei lá em cima, sim… onde o horizonte se confunde com o rendilhado das nuvens que parecem fugir de algum sarilho também. Há águias sonhadoras, sabias?
Ah… preciso sair,
respirar...
Reflectir longe….
Se é para enlouquecer, quero enlouquecer nas nuvens.

É lá que me quero refugiar... !










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